
AMBIENTAIS
> 103-2, 201-4, 203-1, 302-3, 302-4, 302-5, 306-2, 403-2, 403-3,
404-1, 412-1, 417-1, 419-1,EU6, EU7, EU10, EU11, EU12, EU22,
EU23, EU25, EU30 >
O gerenciamento de riscos ambientais está no radar da Companhia, que tem investido em iniciativas de proteção e recuperação do meio ambiente, principalmente do rio São Francisco
ÁGUA
> 103-2, 103-3, 303-1, 303-2, 303-3, 306-1, 306-5 >
Quase toda a energia gerada pela Chesf é proveniente de hidrelétricas, sendo que a gestão de recursos hídricos segue a Política da Eletrobras amparada pela Lei 9.433/97. No processo de geração hidrelétrica não ocorre degradação do recurso, pois toda a água turbinada retorna ao curso hídrico sem mudança de suas características. Contudo, a Companhia avalia e monitora a qualidade da água dos reservatórios sob sua responsabilidade, de acordo com os parâmetros legais.
Uma ação importante está relacionada à proteção da biodiversidade aquática, onde a Chesf desenvolve o Programa de Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos, nos municípios de Sobradinho (BA), Itaparica (PE/BA), Complexo Paulo Afonso (BA) e Xingó (AL/SE). Adicionalmente, em cumprimento às condicionantes ambientais estabelecidas pelo Ibama, a Chesf realiza programas durante a vazão reduzida do rio, tais como: o Monitoramento da Qualidade da Água, o Monitoramento da Cunha Salina (massa salgada de água que se forma na foz do rio) e o Resgate de Ictiofauna. Também foram realizados peixamentos com espécies nativas nos reservatórios do São Francisco, bem como na região do Baixo São Francisco, executados pela Piscicultura de Paulo Afonso.
A Companhia também monitora o uso racional do recurso em suas instalações e operações, gerando informações mensais pelas gerências regionais, as quais consideram as particularidades locais e estabelecem metas preliminares nas áreas onde já existem medidores. Ainda está em análise um projeto para ampliação gradativa do número de medidores próprios nas instalações, sobretudo para combater o desperdício e, com isso, promover a redução de consumo, geração de efluentes e custos empresariais. Durante o ano foram utilizados 112.920 m3 provenientes da rede de abastecimento e mais 82.427 m3 de captação subterrânea.
Quanto ao descarte de efluentes das áreas operacionais e administrativas, existem estações de tratamento próprias nos empreendimentos ou, para as unidades que não têm estação de tratamento, o efluente doméstico é descartado na rede pública de esgoto. > 103-2, 103-3, 303-1, 303-2, 303-3, 306-1, 306-5 >
CONSUMO TOTAL DE ÁGUA RETIRADA POR FONTE (M³) >>>
> ABASTECIMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA > |
> FONTE SUBTERRÂNEA > |
> CONSUMO TOTAL DE ÁGUA > |
> CONSUMO DE ÁGUA POR EMPREGADO > |
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2015 | 94.136,0 | 35.694,0 | 126.036,0 | 27,9 |
2016 | 209.963 * | 19.221 ** | 229.184 | 50,1 |
2017 | 173.456 | 21.891 | 195.347 *** | 47,4 |
* Em 2016, foram incluídas novas medições, o que aumentou o consumo com relação ao ano anterior.
** Na realidade, a informação em 2016 não estava disponível, sendo apurada e corrigida no relatório de 2017.
*** A redução do consumo total em 2017 ocorreu pela implantação de melhorias no processo.

Principais iniciativas do gerenciamento dos recursos hídricos
A Chesf participa ativamente em fóruns de discussão sobre o tema recursos hídricos. Alguns dos principais grupos são: Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Contas, Conselho de Recursos Hídricos do Estado de Alagoas (CERH-AL), Grupo de Recursos Hídricos da ABRAGE (Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia) e GTRH das Empresas Eletrobras. Muitos dos assuntos discutidos nesses fóruns subsidiam a definição de ações e procedimentos para o gerenciamento dos recursos hídricos, tais como:
> Procedimentos específicos para o controle de inundações com emissão de previsões de vazões afluentes aos reservatórios e alocação de volume de espera nos reservatórios durante o período úmido.
> Procedimentos de comunicação para as comunidades locais sobre as condições dos rios e dos reservatórios no caso de ocorrência de eventos críticos.
> Acompanhamento, em tempo real, das informações de níveis de montante (reservatórios) e jusante dos empreendimentos operados pela Chesf.
> Levantamento georeferenciado das áreas passíveis de inundações para diversos níveis e vazões.
> Atendimento às diretrizes operativas para os reservatórios que integram o Sistema Interligado Nacional (SIN).
> Levantamento e acompanhamento de restrições de vazões e níveis nas bacias hidrográficas onde existem empreendimentos em operação pela Companhia.
> 103-2, 103-3 >A CHESF E A BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
> 103-2, 103-3 >O ano de 2017 foi mais um período em que a geração de energia da Chesf foi influenciada pela condição da baixa hidraulicidade da bacia do rio São Francisco. A crise, que já ocorria desde 2013, chegou ao ponto mais grave neste ano, em que o principal reservatório da região Nordeste, Sobradinho, atingiu o menor volume de vazão em 550 m3 por segundo (volume normal 1.300 m3). Isso estimulou a busca pela diversificação da matriz energética com o aumento da geração térmica e eólica, bem como o recebimento de intercâmbio de outras regiões do SIN, o que, consequentemente, reduziu a dependência do rio São Francisco.
Hoje o volume do reservatório de Sobradinho está em fase de recuperação. A Companhia intensificou o relacionamento com as entidades não governamentais, as comunidades, as Companhias de abastecimento de água e o Governo dos quatro estados envolvidos (Pernambuco, Sergipe, Bahia e Alagoas) para monitorar e reduzir a retirada de água do São Francisco. A parceria avaliou as possibilidades de cada envolvido em readequar suas atividades e impactos para, gradativamente, contribuir com a recuperação do volume do rio.
Entenda como a Chesf atua na bacia do São Francisco:

RESULTADOS DO PLANO DE AÇÃO SOCIAL (PAS)
Dentre as iniciativas que visam mitigar os impactos ambientais dos empreendimentos da Chesf, destaca-se o Plano de Ação Socioambiental (PAS). O Plano vem sendo desenvolvido desde 2008, em atendimento às exigências ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), para a renovação da Licença de Operação (LO nº 509/2006) do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e a renovação da Licença de Operação (LO nº 147/2001) da Usina Hidrelétrica - UHE Xingó.
O PAS é um processo de gestão ambiental compartilhada, com âncoras em comunicação, educação e saúde ambiental, em ação permanente e contínua idealizado pela Chesf e construído de forma participativa, a partir da experiência com as comunidades de sete municípios da área de influência do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e Xingó.
Em 2017, as ações foram realizadas em quatro categorias, o que envolveu mais de 3.700 pessoas, entre adultos e crianças, em atividades educativas nos temas de resíduos sólidos, preservação de recursos naturais, arborização, entre outros. O diagnóstico socioambiental participativo, que marca também o início do processo de construção do PAS de Xingó neste ano, envolveu atores sociais das comunidades ribeirinhas identificadas no raio de ação entre quatro e seis quilômetros.
> AÇÕES > | > CAMPANHAS EDUCATIVAS > |
> PALESTRAS > | > MOBILIZAÇÃO > | > CURSOS/ OFICINAS > |
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Número de participantes - Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso |
3.150 | 67 | 16 | 18 |
Número de participantes - UHE Xingó |
- | 120 | 134 | 253 |
TOTAL | 3.150 | 187 | 150 | 271 |

Em 2017, mais de 3.700 pessoas participaram de atividades educativas no Complexo Paulo Afonso e Xingó.
MUDANÇAS DO CLIMA
As mudanças globais do clima e as possíveis alterações na legislação ambiental são consideradas ameaças às atividades da Chesf, ao mesmo tempo em que podem ser oportunidade para expandir sua geração por fontes renováveis. Assim, a Companhia explicita suas estratégias com relação às mudanças climáticas em sua Declaração de Compromisso, pela qual orienta as práticas e o planejamento para o futuro.
Todo trabalho é motivado pela Holding Eletrobras que tem desenvolvido, desde 2015, estudos sobre os riscos e oportunidades frente ao tema para avaliar o impacto no negócio. Foi criado o grupo de trabalho Estratégia Climática (GT3) no Comitê de Meio Ambiente, com representantes de todas as empresas da Eletrobras para tratar sobre a adaptação às mudanças climáticas, frente à diminuição na disponibilidade hídrica para a geração de energia elétrica e à intensificação do número de eventos climáticos mais severos que vem afetando o setor de energia no país.
Nesse sentido, a Chesf vem investindo na diversificação da matriz energética, com geração por fonte eólica, desenvolvendo também projetos para geração solar fotovoltaica e garantindo segurança energética em períodos de baixo nível de água em reservatórios de usinas hidrelétricas que fazem parte do Sistema Interligado Nacional. Adicionalmente, com relação aos riscos, a Chesf busca se antecipar aos riscos potenciais, aplicando medidas preventivas, como, por exemplo, a contabilização de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) desde 2003, por meio de programas de eficiência energética e a redução no consumo de combustíveis fósseis na frota terrestre.
A Companhia ainda desenvolve projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para geração de créditos de carbono, de acordo com o Protocolo de Kyoto, e reconhece as oportunidades advindas de acordos voluntários com o surgimento de mercados alternativos para o desenvolvimento de projetos e comercialização de créditos de carbono, quando não elegíveis dentro dos padrões da United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC). > 103-2, 201-2 >

RISCO E CRISE
> 103-2, 201-2, 201-4, 206-1, 419-1, EU21 >A Chesf possui, em sua estrutura organizacional, a Assessoria de Conformidade e Gestão de Riscos (APC), que é responsável, entre outras atividades, por planejar e coordenar as iniciativas de controles internos e de gestão integrada de riscos em alinhamento com a Política de Gestão de Riscos das Empresas Eletrobras.
Com isso, a Companhia busca atuar de forma preventiva frente aos diversos impactos em seu negócio, incluindo os impactos ambientais em seus empreendimentos. No que se refere à gestão dos riscos ambientais que podem afetar os objetivos organizacionais, o intuito é reforçar a responsabilidade das áreas de negócios para definir e implantar ações de tratamento para mitigação desses riscos.
Por exemplo, a capacidade de geração de energia da Chesf ainda está concentrada na utilização de hidrelétricas, diretamente impactadas pelo aumento na temperatura global. O contexto de incerteza em relação à disponibilidade de recursos hídricos expõe a Companhia a riscos físicos, por isso o tema mudanças do clima tem sido trabalhado internamente. O impacto das mudanças climática no setor de energia, assim como possíveis alterações na legislação ambiental estão entre as principais ameaças às atividades da Companhia, ao mesmo tempo em que tem sido uma oportunidade para expandir a geração por fontes renováveis.
A Companhia também investe em tecnologias para melhoria dos processos de gestão ambiental em todas as operações, tais como o Sistema de Bordas de Reservatórios (SISBORDAS), o Sistema de Documentação (SISDOC) e o Sistema de Monitoramento da Faixa de Servidão de Linhas de Transmissão. > 102-11, 201-2 >
CONFORMIDADE
A Chesf atua no mercado sob o modelo de concessões ou autorizações públicas. Dessa forma, não existem ações judiciais em curso ou concluídas sobre concorrência desleal, violações de leis antitruste e regulamentação de monopólio.
Entretanto, as multas geradas são decorrentes de não conformidades identificadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), evidenciadas na emissão de Autos de Infração (AI). Fazem parte da gestão da regulação o acompanhamento das alterações na legislação que tramitam no poder legislativo e na ANEEL, a participação da Chesf nas Audiências e Consultas Públicas de seu interesse, a coordenação dos processos de revisão e reajuste tarifário da Transmissão e da Geração, a proposição e acompanhamento da implantação de medidas que permitam promover a melhoria dos processos de forma a adequar-se às regras regulatórias e a defesa da Companhia na ANEEL, especialmente na emissão de Termos de Notificação (TN) e em Autos de Infração (AI) oriundos dessa agência reguladora.
As multas registradas no exercício de 2017, resultantes de não conformidades de leis e regulamentos relativos nas áreas social e econômica, não foram significativas, com base no critério estabelecido pela Chesf (1% da ROL )10. > 103-2, 103-3, 206-1, 419-1 >
PLANEJAMENTO DE MEDIDAS DE CONTINGÊNCIA
As medidas de contingência são planejadas e revisadas anualmente. A Chesf monitora constantemente suas operações para que, em qualquer ocorrência, sejam imediatamente implantados os Planos de Contingências, os quais incluem Planos de Segurança Contra Incêndio (PSCI) e um Plano de Atendimento Emergencial (PAE) para tratar do socorro à vítima nas subestações. Nas usinas, o manual de contingência especifica os procedimentos a serem tomados em caso de inundação, incêndio e invasões de instalações, assim como o Plano de Abandono de Área (PAA). Anualmente, são realizados simulados com a participação do Corpo de Bombeiros local.
A Chesf também possui um Plano Anual de Prevenção de Cheias, aprovado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além disso, a Companhia dispõe de manuais de Controle de Cheias das Bacias nos locais onde opera os principais reservatórios. Quando há alterações significativas nas vazões praticadas a partir dos reservatórios das usinas, a Chesf faz comunicados para a comunidade na área de influência das bacias hidrográficas. Esses comunicados são definidos por uma Sistemática de Divulgação de Informações de Defluências e Níveis, que estabelece os conteúdos e destinatários das informações para que as providências cabíveis sejam tomadas.
As subestações e usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN), sob responsabilidade da Chesf, também estabelecem ações para preservar a segurança e integridade das pessoas. Foram elaborados os planos de Desastres Naturais, Segurança Operacional, Segurança Digital, Desastres Ambientais, Saúde e Segurança, e Segurança Física. Com esses procedimentos, a Companhia se prepara para enfrentar um estado de contingência grave, por meio de ações planejadas e conhecidas pelos empregados diretamente afetados e por toda 10 Receita Operacional Líquida a hierarquia gerencial das instalações. > EU21 >
10 Receita Operacional Líquida