
OPERAÇÕES
> 103-2, 201-4, 203-1, 302-3, 302-4, 302-5, 306-2, 403-2, 403-3, 404-1, 412-1, 417-1, 419-1, EU7, EU10, EU11, EU12, EU22, EU23, EU25, EU30 >
Em 2017, a Chesf obteve importantes conquistas em suas operações. As metas propostas foram atingidas e os resultados contribuíram para fortalecer, ainda mais, seus ativos
A Chesf seguiu as diretrizes propostas no Plano de Negócios 2017-2021 com investimentos em geração e no Plano de Expansão de Transmissão. Neste ano, a Companhia investiu em suas usinas hidrelétricas para manutenção de níveis de continuidade e disponibilidade, além da conclusão de dois grandes empreendimentos de geração: as usinas Casa Nova II e III. O primeiro já está gerando receita e o segundo está em fase de implantação, até início de 2018. Esses projetos marcaram a retomada dos investimentos da Chesf em obras que estavam paralisadas.
Os empreendimentos das Instalações Coletoras de Geração Eólica (ICGs) e das centrais de geração eólica também foram concluídos, e projetos de grande porte para a geração de energia solar e eólica estão sendo planejados pela Companhia. Foi criada uma área na Diretoria de Engenharia, especialmente para tratar de investimentos na diversificação da matriz energética. Trata-se de três departamentos com foco em energia eólica, solar e hidráulica que avançam além dos estudos e passam a priorizar os projetos de expansão para geração de energia com fontes alternativas.
Outra conquista do ano foi o início do recebimento da receita correspondente às instalações de Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), ativos que entraram em operação antes de maio de 2000 e que ainda estavam pendentes. Esta receita tem permitido investimentos no Plano de Melhoria do Sistema Existente, iniciado em 2017 e que continuará ao longo de 2018. Entre as ações definidas no Plano está a substituição de equipamentos para maior confiabilidade no sistema das subestações, linhas de transmissão, telecomunicações.
No total, os investimentos corporativos para a expansão e modernização da capacidade produtiva da Companhia totalizaram R$ 898,3 em 2017. O montante foi distribuído em:
SISTEMA DE GERAÇÃO
> EU11, EU30 >
> Hidráulica: foram investidos R$ 19,5 milhões nas usinas hidrelétricas sob concessão e em regime de cotas, para manter os níveis operacionais de continuidade e disponibilidade satisfatórios ao atendimento da demanda.
> Eólica: foram investidos R$ 236,8 milhões, para concluir a implantação dos Parques Eólicos próprios Casa Nova II (32,9 MW) e Casa Nova III (28,2 MW), situados no município de Casa Nova, na Bahia, com energia comercializada no Leilão ANEEL nº 10/2013 (A-5), com prazo de entrega para maio de 2018.
> Solar: a Companhia deu continuidade, em 2017, ao desenvolvimento dos estudos de dois Projetos de Energia Solar Fotovoltaica, totalizando 230 MWp, para disputar futuros Leilões de venda de energia. Além disso, a Chesf vem realizando medições em 17 estações solarimétricas, instaladas no semiárido nordestino, visando desenvolver projetos próprios de geração solar com tecnologias fotovoltaicas e heliotérmicas.
SISTEMA DE TRANSMISSÃO
Ao longo de 2017 foram concluídas 25 obras, ampliando o Sistema de Transmissão da Chesf com a energização de 275 km de linhas, além de seis novas Subestações e reforços nas instalações, o que aumentou a capacidade de transformação em 3.135 MVA. A receita do sistema de transmissão alcançou R$ 1,18 bilhão. Dessa forma, a Companhia planeja a conclusão de todas as obras de transmissão até 2019.
Alguns dos projetos que foram destaque:
> Concluídas todas as obras associadas às Instalações Coletoras de Geração Eólica (ICGs), onde se destaca a conclusão das ICGs Touros, Igaporã II, Morro do Chapéu II e Mossoró IV;
> Implantada a SE Igaporã III 500/230 kV, cuja conexão ao Sistema Interligado (SIN) foi realizada através de linhas em 230 kV, energizadas em 2015, e que foram incorporadas ao ativo da Chesf;
> Concluídos dois trechos de linhas em 500 kV com 70 km (projetadas e construídas pela Chesf), que foram transferidos à Transmissora TAESA por se tratarem de resultado de seccionamento LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II/Ibicoara;

> Concluídos reforços no atendimento às regiões metropolitanas de Fortaleza, Teresina, Aracaju e Salvador, além da melhoria na confiabilidade de todo o sistema da região;
> Transferidas para a Energisa-SE a linha de transmissão Zebu/Xingó 69 kV (56,5 km) e a subestação Xingó 69 kV (12,5 MVA);
> Transferida da Enel Green Power para a Chesf a subestação de 230 kV Tabocas do Brejo Velho (BA);
> Concluídos três empreendimentos de reforços com antecipação em relação ao prazo estipulado pela Agência Reguladora: SE Fortaleza II (instalação do 4º banco de autotransformadores 500/230 kV); SE Pici II (instalação de transformador 230/69 kV - 100 MVA em caráter provisório); e SE Piripiri (substituição TR 69/13,8 kV - 5 MVA por 10 MVA);
> Concluídos eventos de melhorias de transmissão que correspondem a seis empreendimentos de substituição de transformador de aterramento e quatro entradas de linhas de 69 kV para atendimento às concessionárias de energia elétrica.
O gráfico a seguir apresenta os montantes anuais investidos pela Chesf em ativos próprios ao longo dos últimos cinco anos.

Projeção de crescimento para o setor
Segundo o Boletim Técnico ONS-EPE, a previsão do setor para os anos de 2017 a 2021 é de que o consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresça à taxa média de 3,5% anuais, iniciando uma reversão no cenário de crise do setor elétrico, mesmo que a tendência na queda dos preços não consiga ainda ser revertida.
INVESTIMENTOS NAS INSTALAÇÕES COMPARTILHADAS DE GERAÇÃO (ICGS)
Com o Programa de Obras, lançado no início de 2017, a Chesf concluiu todas as obras de transmissão de energia elétrica necessárias para escoar a produção dos parques eólicos em operação no Nordeste. Os investimentos somaram R$ 636 milhões, adicionando ao Sistema Interligado Nacional (SIN) um total de 2.895 MW, potência aproximada à da Usina de Xingó (SE/AL), a maior da Companhia.
As obras de transmissão concluídas das Instalações Compartilhadas de Geração (ICGs) compreendem linhas de transmissão e subestações, que transportam a energia suprindo as unidades consumidoras conectadas ao Sistema Interligado Nacional. Dentre as mais significativas estão o conjunto ICG Pindaí II/Igaporã (1.163 MW), na Bahia; ICGs Lagoa Nova (398 MW) e Touros (158 MW), no Rio Grande do Norte; além de Ibiapina (153 MW), no Ceará.
Atualmente, a energia eólica já atende a uma média diária de 45% da demanda do Nordeste, o que contribui significativamente neste momento em que as condições da Bacia do São Francisco são desfavoráveis
RESULTADOS OPERACIONAIS
Nos últimos anos, os resultados vêm sendo influenciados pela adoção de novas práticas e ferramentas de gestão para monitoramento e controle das operações. Ainda assim, a expectativa da Diretoria de Operações é de que em 2018 a implantação do SAP interligado ao Centro de Serviço Compartilhado (CSC) proporcione ainda mais agilidade à operação.
Como resultado desse trabalho de eficientização, em 2017 a Chesf atingiu seu melhor resultado de indicadores operacionais quando comparado com os últimos cinco anos, e registrou o menor número de interrupções do sistema no histórico da Companhia.
Especificamente para a geração termelétrica na UTE de Camaçari, a Chesf adotou uma eficiência média de projeto correspondente a 30,50% para operação com o gás natural ou óleo.
SISTEMA DE GERAÇÃO
> EU11, EU30 >
O indicador de Disponibilidade Operacional (DO) de Geração da Chesf apresentou melhora significativa nos últimos cinco anos, resultado das ações adotadas para manutenção nas usinas.

SISTEMA DE TRANSMISSÃO
No ano de 2017, a Chesf obteve o melhor resultado histórico de Disponibilidade Operacional (DO) de Linhas de Transmissão, refletindo na qualidade dos serviços prestados.

PARCELA VARIÁVEL (PV)
Este indicador indica o percentual de desconto da Receita Anual Permitida (RAP) das Funções de Transmissão, devido a indisponibilidades dos equipamentos da Rede Básica das concessões da Chesf, conforme legislação da ANEEL.
O resultado em 2017 foi o segundo melhor dos últimos cinco anos. Como fato relevante, houve a partir de julho o aumento expressivo da Receita Anual Permitida (RAP), devido ao pagamento, pela ANEEL, da indenização dos ativos não amortizados. Além disso, houve descontos da parcela variável referentes a 2016, que haviam sido suspensos, em julho de 2016, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

INDICADOR DE ROBUSTEZ DO SISTEMA (IRS)
Este indicador avalia a capacidade da Rede Básica da Chesf em suportar contingências sem interrupção de fornecimento de energia elétrica aos consumidores (perda de carga). O gráfico abaixo demonstra a tendência contínua de melhoria nos últimos cinco anos, o que indica uma evolução do Sistema Chesf (Rede Básica), no que diz respeito a ocorrências envolvendo interrupção do fornecimento de energia elétrica.

NÚMERO DE EVENTOS COM INTERRUPÇÃO DE CARGA NA REDE BÁSICA (NEIC-RB)
Este indicador refere-se ao número de desligamentos intempestivos com origem na Rede Básica da Chesf que ocasionam qualquer interrupção de carga no Sistema Chesf. Em 2017, o NEIC-RB apresentou o melhor resultado do histórico, com uma queda de 24,2% nos desligamentos em relação ao ano de 2013.


Os resultados da Chesf
também se destacam nos
aspectos da estratégia e
gestão, da segurança e do
relacionamento no entorno
de seus empreendimentos.
A seguir, veja como a
Companhia busca atingir a
excelência em tudo o que faz

VISÃO INTEGRADA NOS PROJETOS DE EXPANSÃO
Neste ano, foi estabelecida uma metodologia para análise e seleção de projetos de expansão, envolvendo as áreas de Planejamento, Meio Ambiente e Geotecnologia integradas à área de Projetos. Essa nova abordagem foi utilizada em projetos de energia eólica e solar, possibilitando uma visão mais clara sobre os riscos e custos dos projetos para a mitigação de seus impactos. A base dos processos está alinhada com as diretrizes do Planejamento Estratégico, o que inclui os aspectos de sustentabilidade do negócio. A aprovação final dos projetos é realizada pela diretoria de Operações, que avalia os critérios de viabilidade sob a perspectiva do risco e do retorno financeiro.
Reestruturação da Diretoria de Engenharia
A reestruturação da estratégia de planejamento, com a criação de um escritório de projetos, foi essencial para atingir a meta de conclusão de 23 empreendimentos em 2017. Na nova estrutura foi criada a Superintendência de Implantação de Empreendimentos (SEE) com foco na gestão dos empreendimentos corporativos de Transmissão e Geração e, ainda, criada a Assessoria de Gestão Estratégica e de Gerenciamento de Projetos (AEG) com foco na Governança da Diretoria de Engenharia e Construção.
Todo o trabalho integrado entre as áreas, desenvolvido desde o início da fase de estudos, prioriza a gestão de ativos com foco na visão regulatória e de uma forma que maximize a receita. Neste sentido, os principais pontos abordados pela gestão são: aumento de competitividade da Companhia no mercado; otimização de processos; agilidade na tomada de decisão; integração das equipes; sinergia dos processos; oportunidade de aprendizado e crescimento profissional; e redução de custos diretos e indiretos.
Importante ressaltar que, com as mudanças acima, a Chesf tem buscado elevar seu padrão de eficiência na conclusão das obras. A expansão do sistema eletroenergético é de responsabilidade da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), alinhada ao seu Plano Decenal de Expansão. Com base em projeções sobre a demanda de energia, a EPE elabora o planejamento da expansão da oferta de energia elétrica, de acordo com a disponibilidade de novos projetos de usinas e da rede de transmissão necessária ao escoamento desta energia, e orienta os novos leilões com os projetos necessários ao atendimento do mercado. A Chesf é demandada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em alguns casos, para fornecer informações que subsidiam os processos de licitação de novos empreendimentos. Vale ressaltar que a Companhia não tem responsabilidade nos processos decisórios relacionados ao planejamento energético e ao desenvolvimento de infraestruturas.
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO
A Chesf está atenta à segurança das pessoas em suas operações e, além de todo o trabalho realizado com a segurança ocupacional de seus empregados, busca garantir os mesmos padrões para sua cadeia de fornecedores. Em 2017, foram analisados 155 Planos de Segurança em contratos assinados entre a Chesf e empresas prestadoras de serviços. Também foram realizadas 152 auditorias de segurança, o que apurou cerca de 30 não conformidades relacionadas às questões dos treinamentos de saúde e segurança do trabalho, culminando em ações corretivas para todas as situações encontradas. Importante esclarecer que não são todos os contratos analisados que passam por auditoria, dessa forma, um Plano de Segurança pode conter mais de uma auditoria.
RELACIONAMENTO NO ENTORNO DOS EMPREENDIMENTOS
A Chesf busca um amplo entendimento sobre os impactos de seus negócios nas regiões onde opera. A Companhia segue a Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras e o Manual de Orientação sobre Projetos Sociais da Chesf para nortear sua atuação, planejando ações para promover a redução das desigualdades sociais, envolver os empregados em trabalhos voluntários, promover o reconhecimento e fidelidade do público-cliente, além de contribuir para a compreensão dos moradores quanto à importância do negócio e sua presença nessas regiões.
Os projetos de Responsabilidade Social são analisados e selecionados de acordo com sua relevância para a comunidade, para a sociedade e de acordo com o impacto do negócio no entorno de seus empreendimentos. A gestão continua com o acompanhamento e a fiscalização periódica de todos os projetos firmados por meio de termo de parceria e/ou convênio.
Em 2017, os programas e projetos de relacionamento comunitário nos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe tiveram impacto com as restrições orçamentárias previstas na reestruturação da Companhia. Os recursos de investimento social privado chegaram a R$ 35,2 milhões, destinados para as áreas de saúde, segurança alimentar, educação e geração de trabalho e renda. Os investimentos em projetos em cultura por meio de leis de incentivo somaram R$ 906,09 mil.
Desenvolvimento agropecuário na região de Casa Nova
Com a entrada em operação do empreendimento eólico de Casa Nova, as ações socioambientais já realizadas durante o processo de construção foram ampliadas para a área de entorno. Em 2017, a Chesf firmou um Termo de Cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) para desenvolver o projeto “Ações de desenvolvimento para trabalhadores agropecuários do entorno do parque eólico de Casa Nova (BA)”, iniciado em janeiro de 2018.
O projeto irá prover conhecimentos e técnicas agrícolas e pecuárias para produtores do entorno do lago de Sobradinho, no que se refere ao aproveitamento do campo, contribuindo com a mitigação de impactos ambientais e a geração de renda. Todo o equipamento e a estrutura de apoio vêm de outro projeto e serão reaproveitados em Casa Nova, o que demonstra a responsabilidade da Chesf em otimizar os recursos.
A parceria prevê que a EMBRAPA seja responsável pela capacitação e implantação do projeto, enquanto a Chesf assume o financiamento e monitoramento. Por meio do Subcrédito Social do BNDES, a Companhia irá investir a maior parte do recurso financeiro – cerca de R$ 1,1 milhão – no período de três anos, beneficiando diretamente 82 produtores e outros 1.850 indiretamente. O projeto conta, ainda, com parcerias de outras instituições privadas e públicas ligadas ao setor agropecuário.
> 103-2,103-3, 203-1 >